A aviação comercial brasileira caminha para alcançar o maior número de passageiros de sua história em 2025, segundo projeções da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Com os dados acumulados até o mês de outubro, o setor já contabilizou mais de 106,8 milhões de passageiros transportados, somando voos domésticos e internacionais. O volume representa um crescimento próximo de 10% em relação ao mesmo período de 2024 e também supera os níveis registrados antes da pandemia.
A expectativa é que, mantendo o ritmo atual até o encerramento do ano, o Brasil chegue perto de 130 milhões de passageiros em 2025, estabelecendo um novo recorde histórico para a aviação comercial no País. O desempenho positivo é visto como um avanço relevante para o setor, mas também reforça a necessidade de tornar o transporte aéreo mais acessível à população.
Entre os principais desafios apontados pelas companhias aéreas está o alto custo operacional. Parte significativa das despesas do setor é dolarizada, o que aumenta a exposição das empresas às oscilações cambiais. Além disso, mudanças recentes no ambiente tributário ampliaram a pressão financeira sobre as companhias, com destaque para o aumento de encargos sobre remessas ao exterior e a tributação de contratos de leasing de aeronaves.
Outro ponto citado como essencial para a sustentabilidade do crescimento é a ampliação do acesso ao transporte aéreo para públicos que ainda viajam pouco de avião. A inclusão da chamada classe média C é vista como fundamental para consolidar a aviação como um meio de transporte mais democrático, e não restrito a uma parcela específica da população.
O setor também enfrenta um elevado nível de judicialização, considerado desproporcional quando comparado a outros países. O grande volume de ações judiciais gera custos expressivos para as companhias aéreas, estimados em cerca de R$ 1,4 bilhão por ano, além de impactar a eficiência operacional. Decisões recentes do Judiciário, especialmente em casos de atrasos e cancelamentos causados por condições climáticas, são vistas como um possível passo para reduzir esse cenário.
No panorama geral, as empresas aéreas avaliam que 2025 tem tudo para se consolidar como o ano mais movimentado da história da aviação comercial brasileira, impulsionado pelo aumento da demanda, pela retomada plena do setor e pela expansão da conectividade aérea no País.
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