A partir de 26 de março de 2023, o aeroporto de Congonhas (SP) poderá ter um aumento de 41 movimentos de pousos e decolagens e passar a operar 44 movimentos.
Essa alteração foi anunciada formalmente pela Infraero no último dia 5, e publicada pela Anac.
No mês passado, Congonhas foi arrematado no leilão da 7ª rodada de concessões aeroportuárias pela Aena, empresa espanhola. Contudo, a administração do ativo ainda não foi repassada ao setor privado.
A Anac comunicou, ainda, que o requerimento foi baseado no fato de que o aeroporto recebeu instalações realizadas com investimentos recentes, o que viabiliza o aumento dos movimentos.
Isso porque a avaliação de capacidade leva em conta se a Infraero, que é o operador aeroportuário, está ciente e preparado para as mudanças. Em meados do ano passado, a Infraero já havia anunciado que estava apta a adotar o aumento de voos no Congonhas.
Essa sinalização, inclusive, gerou divergências entre os interessados, como associações de moradores e parte do setor aeroportuário. Afinal, os impactos gerados pelo aumento do tráfego no aeroporto não são pequenos.
O aumento do barulho, do trânsito e da concorrência entre as empresas, por exemplo, são alguns dos pontos que levantam preocupações. No momento, a Gol e a Latam são dominantes nas operações do terminal. E, com a alteração, é provável que outras companhias, como a Azul, por exemplo, aumentem seus movimentos.
A Abear, Associação Brasileira das Empresas Aéreas, representante de companhias como a Latam e a Gol, afirmou na época da sinalização da estatal, que a alteração só deveria ser feita depois de “investimentos significativos” serem feitos no terminal.
No entanto, para a Infraero, os investimentos já feitos são mais do que suficientes para o aumento. Quem defende a ampliação, cita as reformas da pista principal, finalizada no final de 2020, além do novo sistema e estrutura para voos internacionais executivos, que contou com investimento de mais de 220 milhões de reais do governo federal, como provas de que o terminal está pronto para o aumento da capacidade.
Agora, com a publicação de capacidade feita pela Anac, a Infraero precisa elaborar um plano de ação com o novo status até o início de outubro. Já em novembro, a estatal deverá divulgar a distribuição dos slots para cada companhia aérea em Congonhas, baseados nas novas regras publicadas em junho.
Um relatório do BTG Pactual, divulgado na época, apontava que a Azul poderia aumentar sua participação de 7 para 15%, de acordo com o novo regramento.
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