Para tentar inibir os casos da covid-19, dezenas de funcionários do Aeroporto de Miami foram testados por cães treinados que conseguem identificar e farejar covid-19. Até agora, o projeto piloto que teve seu lançamento em agosto detectou dois casos e irá continuar até outubro, podendo se estender ainda para outras instalações importantes.
Cobra, um Pastor Malinois belga, e One Betta, um pastor holandês, fizeram as inspeções em colaboradores dentro de um posto de controle onde os funcionários precisam retirar as máscaras e sacudi-las na frente de qualquer um dos cães. Os cachorros sentam no caso de quererem sinalizar que detectaram um odor produzido por compostos orgânicos voláteis que são comuns entre os infectados com covid-19, tendo uma precisão de 97,5% na detecção do vírus, disse o Dr. Kenneth Furton, reitor e vice-presidente executivo da Florida International University, por meio de uma entrevista coletiva ocorrida na semana passada.
“Depois de um início bem-sucedido, o programa se estendeu até o final de outubro, o que nos garante ainda mais tempo para coletar dados muito importantes a respeito da precisão e eficiência do programa de detecção de covid-19 por cães. Como tudo indica que iremos conviver com esse vírus por um tempo, esses cães são uma forma muito eficaz de adicionar mais uma proteção contra o coronavírus”, disse Furton ao Miami Herald.
Cobra e One Betta fazem sua jornada de trabalho nas segundas, quartas e sextas-feiras, das 11h às 15h. Durante os oito dias em que se apresentaram para trabalhar, o diretor de comunicações do Departamento de Aviação de Miami-Dade, Greg Chin, disse que os cães farejadores de covid-19 puderam testar 1.093 funcionários, ou aproximadamente 136 pessoas por dia.
Até agora, os cães conseguiram identificar com precisão dois casos. Um funcionário testou positivo; o outro estava em recuperação da doença. Se os cães sinalizarem para covid-19, o funcionário precisará realizar um teste PCR e, se o resultado for positivo, deverá então sair e ficar em quarentena de acordo com as diretrizes do CDC.
Tanto as raças puras quanto as misturas de raças são aptas para detectar a covid-19, afirmou Furton, em uma coletiva de imprensa ocorrida neste mês. Cães que não possuem nenhuma experiência precisam de dois a três meses de treinamento. Alguns vêm com alguma experiência anterior, como o Cobra, que recebeu treinamento para detectar a murcha do louro, uma doença mortal comum aos abacateiros. Esses cães precisam de apenas duas a três semanas para aprender a identificar um novo odor.
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