Os hábitos dos viajantes foram alterados pós-pandemia, desde à procura por destinos, locais para hospedagem como o modo pela qual as reservas são feitas, tudo impactado pela imposição de isolamento social e o fechamento de fronteiras e questões sanitárias.
Mas, a retomada está acontecendo aos poucos, tendo em vista que a imunização avançou nos países sendo que o pior cenário virou passado, sendo que a convivência com o vírus não é mais motivo de pânico no país e no mundo.
O evento LatAm/Talk, o qual foi promovido pela Phocuswright, delineou algumas questões relativas à realidade e outras tendências, as quais o turismo passa, nas Américas e no mundo. O vice-presidente sênior da companhia, Charuta Fadnis, indica que durante a pandemia, as pessoas saíram de susas casas, visitando amigos e familiares. As viagens, nos EUA, Alemanha, Espanha, Reino Unido, França e Itália, atingiram um nível de 50% daquele na pré-pandemia.
TENDÊNCIAS DE 2022, GLOBAIS, PARA VIAGENS
Alteração dos Destinos
Aqueles destinos que são populares, e ficam aglomerados, considerados “overturism” antes, serão evitados pelos viajantes. A preferência se dará por locais abertos, arejados, com natureza, os quais poderão gerar uma reconexão com o interior;
A Importância da Flexibilidade
Todo o nicho de turismo, como hotéis, operadoras e agências de viagens, companhias aéreas, precisam ter um olhar mais atento em relação à flexibilidade, oferecendo-a no momento da compra, aos viajantes. A preferência será por aquisições onde não se perca dinheiro por conta de fatores ligados à pandemia, como fechamento de fronteiras ou nova variante que gere o cancelamento da viagem.
A flexibilidade deve ser para o cancelamento, até remarcações e reembolsos, sendo considerados importantes, mais que na pré-pandemia. Charuta diz que há uma expectativa dos consumidores, criada pelos fornecedores, em relação ao tema. Muitos tendem a gastar mais para que tenham a possibilidade de alteração de datas das viagens. Contudo, nem todos ainda têm essa disposição.
Fenômeno do Trabalho Digital
As pessoas tendem a poder trabalhar onde estiverem, tendo em vista o fenômeno da digitalização dos trabalhos, podendo, ao mesmo tempo, morar, curtis, viajar, gerando muito impacto ao turismo. Charuta afirma que a pandemia amploiou o perfil dessas pessoas, chamadas nômades digitais, tanto em relação à faixa etária, mais ampla, trabalhando em tempo integral, com nível de educação alto, ganhando bem, sendo, inclusive sêniores, estando acompanhado dos filhos e cônjuge.
Diminuição das Interações
A empresas, apresentando mais ferramentas com menos interação física, melhor será a busca turística. Toda a operação, desde o pagamento, até a assinatura, passando pela abertura de portas em hotéis, autenticações, etc, agregam na experiência do viajante pois, o costume da digitalização está aí, e não acabará.
Neste sentido, Charuta afirma que há uma linha tênue que separa a higiene e biossegurança da perda da privacidade, tão desejada. Todos os equipamentos, máscaras, álcool gel, bem como os protocolos, serão bem vindos, mas é necessário ter cuidado com a invasão através de formulários médicos e requisição de informações por aplicativos, principalmente as sensíveis.
Finaliza dizendo que os passaportes sanitários digitais são a ferramenta estratégica para que as viagens possam ser retomadas e também as atividades recreativas na Europa. Contudo, metade dos viajantes creem que tais requerimentos são invasivos.
Sustentabilidae
Os impactos ambientais são essenciais para que os viajantes escolham as empresas, principalmente aquelas que trabalham em prol disso. Aquelas medidas efetivas na proteção ao meio ambiente e que geram impactos positivos na sociedade são mais exigidas pelos viajantes.
Charuta informa que os consumidores consideram, de forma ampla, o meio ambiente e práticas de governança dentro das empresas para escolher o que vai comprar, mesmo no setor de viagens.
Viagens em Família
Essa tendência é presente, inclusive na América Latina, pois o povo latino é apegado aos seus entes queridos, tendo o hábito de estar presente com elas, visando à construção de memórias familiares saudáveis. Carols Sass de Haro, da Procuswright e da Mapie, diz que doas avôs aos netos, famílias tendem a se manter juntas, por opção, curtindo cada momento.
Inúmeros Propósitos
Hoje os viajantes estão viajando por mais de um propósito ao mesmo tempo, como trabalho, aventura, curtir a família, lazer, juntando tudo em uma única viagem.
Os consumidores corporativos entenderão que podem melhor a produtividade, quando viajam, inclusive fazendo reunião da piscina, afirma Carol. Assim, os roteiros tendem a ter mais propósitos, criando uma linha bem tênue entre corporativo e lazer.
Inúmeros Canais
A maioria dos viajantes usam algum serviço online, pelo menos um, sejam as reservas, pesquisas, post em redes sociais ou para olhar os mapas. Por isso, deve haver transparência e fluidez na comunicação dos canais existentes, pelas empresas.
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