Estados Unidos: medida ainda não é reabertura para turistas.
Sobre uma possível reabertura das fronteiras americanas para o Turismo, ela ainda não ocorreu. A expectativa é grande e pode ser que saia na próxima semana ou próximo mês, mas ainda não existe de fato. A restrição para a entrada de turistas continua.
O que foi anunciado e entrou em vigor no dia 14 é o fim da obrigatoriedade dos voos originados em alguns países, como China e Brasil, além da Europa, serem direcionados a um dos 15 aeroportos americanos onde havia centros de triagem e de saúde mais aprofundados.
Agora, os voos vindos desses países podem aterrissar em qualquer aeroporto americano e os passageiros não passarão mais pela inspeção rigorosa de saúde – o governo americano está optando pelas campanhas educativas e coleta de dados para monitoramento.
Isso vale para todos os passageiros que voam do Brasil, mas que tenham permissão de entrada, sendo cidadãos americanos, portadores de green card ou de visto de residente, entre outras exceções.
Estados Unidos: turismo ainda não está liberado
O Turismo ainda não está liberado, mas especialistas acreditam que esse seria o próximo passo e como os índices de covid-19 no Brasil estão caindo ele deve sair logo. E esse passo depende apenas do presidente americano, que teria de revogar a proibição anterior, ou estendê-la, ou ainda modificá-la. A flexibilização em relação à lista de aeroportos e à inspeção de saúde indica que a reabertura de fronteiras está mais perto.
Operadores de Turismo entraram em contato com o Consulado Americano em São Paulo e obtiveram como resposta que a flexibilização é apenas em relação à ampliação dos aeroportos disponíveis para aeronaves vindas de países com restrições de viagens aos Estados Unidos e um relaxamento da inspeção de saúde.
“Os brasileiros não precisarão mais utilizar um dos 15 aeroportos americanos (aeroportos funis) que os viajantes de certas nacionalidades têm sido obrigados a usar quando entram nos Estados Unidos. Mas a Proclamação Presidencial continua em vigor”, diz o texto do consulado aos operadores.
E essa proclamação (de número 10014, válida até 31 de dezembro de 2020), que desde junho fechou as fronteiras a turistas a lazer e viajantes a trabalho, além de estudantes, só pode ser revogada pelo presidente Donald Trump ou seu sucessor na Casa Branca (caso ela seja estendida por Trump). Leia a proclamação.
A restrição a viajantes do Brasil continua. Vale ressaltar que a restrição diz respeito ao local de onde saem os voos e não à nacionalidade do visitante. Por isso, muitos brasileiros estão passando 14 dias no México para de lá entrar nos Estados Unidos. O mesmo valeria para o Canadá, se os brasileiros estivessem liberados de entrar no Canadá, como estão no México. Voos do Canadá e do México estão sem restrições nos Estados Unidos. Já há operadoras de ambos os países enviando grupos de turistas para Orlando, por exemplo.
Se o passageiro embarca do Brasil, da China ou de países com restrições e não tiver os vistos de residente ou entre as exceções (como o visto diplomático) ou green card, ou ainda não for cidadão americano, as restrições de entrada continuam. Se ele estiver dentro das condições e exceções exigidas para entrar, o que acontece é que a inspeção de saúde será suspensa e ele pode entrar em qualquer aeroporto americano que não está na lista dos 15 aeroportos funis. Vale destacar ainda que os consulados americanos suspenderam a emissão de vistos para turistas e viajantes a negócios e só estão atendendo exceções e pedidos urgentes.
De qualquer forma, a flexibilização já aqueceu as vendas de viagens para os Estados Unidos e os brasileiros estão garantindo passagens promocionais para o final do ano. Como as regras de mudança estão mais flexíveis e crescem os indícios da reabertura, os brasileiros querem garantir a viagem de final de ano para Miami, Orlando, Nova York e outros destinos americanos.
Confira o comunicado oficial da Embaixada dos Estados Unidos:
“À medida que a pandemia de COVID-19 continua, o governo dos Estados Unidos está inovando ao adotar um novo método para manter passageiros internacionais saudáveis. A nova e mais eficaz estratégia foca na continuidade de viagens e no passageiro, incluindo fornecimento de informações antes da partida e depois da chegada, ações para desenvolver uma possível estrutura de testagem com parceiros internacionais, e resposta à doença. Essa estratégia é consistente com a fase atual da pandemia e protege de forma mais eficaz a saúde do público norte-americano.
A partir de 14 de setembro de 2020, o governo dos Estados Unidos removerá os requisitos de direcionamento de todos os voos com passageiros de, ou que tenham passado recentemente por, certos países, a pousar em um dos 15 aeroportos estabelecidos e suspenderá procedimentos de triagem de saúde para esses passageiros na entrada.
Atualmente, procedimentos de triagem de saúde são solicitados para aqueles chegando de, ou que tenham recentemente passado por: China (excluindo as regiões administrativas de Hong Kong e Macau), Irã, região Schengen da Europa, Reino Unido (excluindo territórios estrangeiros fora da Europa), Irlanda do Norte e Brasil.
Hoje temos um melhor entendimento sobre a transmissão da COVID-19, que indica que sintomas baseados em processos de triagem tem eficácia limitada porque pessoas com COVID-19 podem não ter sintomas ou febre no momento da triagem, ou apenas sintomas leves. A transmissão do vírus pode acontecer de passageiros que não têm sintomas ou que ainda não desenvolveram sintomas de infecção.
Desta forma, o CDC está mudando sua estratégia e priorizando outras medidas de saúde pública para reduzir o risco de transmissões relacionadas a viagens.
Recursos do governo dos Estados Unidos serão direcionados a iniciativas mais eficazes de mitigação que focam no passageiro, incluindo: informações sobre saúde para passageiros antes, durante e depois do voo; forte resposta à doença nos aeroportos; coleta voluntária de informação de contato de passageiros através de meios eletrônicos como proposto por algumas companhias aéreas para evitar longas filas, aglomeração e atrasos associados com coleta manual de dados; possibilidade de testagem para reduzir o risco de transmissão do vírus que causa COVID-19, associadas à viagem e movimentação do vírus de uma localidade para outra; avaliações de risco específicas por país para auxiliar passageiros a tomarem decisões informadas sobre os riscos associados à viagem; ampliação dos treinamentos e informações para parceiros do setor de transporte e portos de entrada dos
Estados Unidos para garantir o reconhecimento da doença e imediata notificação ao CDC; e recomendações depois da chegada de passageiros para que monitorem a si mesmos e tomem precauções para proteger outros, incluindo ficar em casa por até 14 dias para pessoas chegando de destinos de alto risco.
Ao direcionar nossas ações para mitigação para o risco de passageiros durante a jornada da viagem, o governo dos Estados Unidos pode proteger de forma mais eficaz a saúde do público norte- americano.”
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