No último dia 23, a empresa aérea de baixo custo colombiana, Viva, fez sua estreia no Brasil, prometendo voos mais baratos, com até US$ 300 de diferença. A empresa possui, hoje, 13 rotas internacionais sendo operadas e usa como hub a cidade de Medelin, na Colômbia. Seus destinos são Miami, Punta Cana, Cidade do México, Cancun, e as cidades costeiras colombianas, como Cartagena, Santa Marta e San Andrés.
A empresa trabalha com uma frota padronizada com 23 aviões do modelo A320neo, podendo levar até 188 passageiros. O pouso em São Paulo acontece próximo às 4 horas, saindo às 5 da manhã, tendo seis horas de voo até Medelin. Lá, as conexões são céleres, conforme informa Francisco Lalide, vice-presidente de operações da empresa.
Ele diz que a estratégia adotada para o Brasil diz respeito aos preços e a liberdade de viajar, dizendo que o passageiro irá comprar aquilo que ele precisa, como por exemplo uma tarifa básica só com mala de mão ou tarifa com inclusão de despacho de bagagem, comida a bordo e escolha de assento. É o viajante que vai definir o que é necessário para que a viagem caiba no bolso, atendendo suas necessidades. As tarifas poderão ser vendidas pelos agentes de viagens, bem como os produtos auxiliares.
Ele diz ainda que o serviço a bordo das companhias tradicionais não é gratuito, está incluso na tarifa. Na Viva o cliente terá a liberdade de escolher se embarca sem ou com refeição quente, bebidas, sanduíches, alcóolicos, comprados antes do embarque. E recomenda que o viajante não deixe para comprar as passagens de última hora pois, no balcão, as tarifas podem ser 60% mais altas. E indica que o agente de viagens diga isso ao cliente, ou que o cliente acesse o site da empresa.
No princípio de operação, a Viva fará a educação do brasileiro sobre tarifas de modelo ultra low cost, mostrando que não há pegadinhas, A clareza durante o processo de compra é essencial para que não haja constrangimentos.
Há um otimismo em relação ao início da operação da Viva no Brasil, por mais que o país tenha um dos quadros mais desafiadores em relação à aviação global, tendo um dos maiores custos operacionais do mundo.
O vice-presidente encerra afirmando que a Viva foi a primeira companhia de baixo custo da Colômbia, há dez anos. Há um pioneirismo, e houve uma transformação da mobilidade na Colômbia. Há experiência com o modelo e uma análise profunda sobre o mercado em que se voa. A frota é única e há uma otimização no uso dos ativos, havendo uma boa gestão de um quadro funcional adequado, refletindo diretamente nos preços, sendo que o cliente brasileiro é muito sensível a ele.
ABRA
A Avianca, em data recente, anunciou a compra da Viva, criando o grupo Abra, onde possui envolvimento da Gol, também. O vice presidente informa que não pode comentar pois não se obteve a aprovação do negócio pelas autoridades, sendo que ainda são concorrentes da Avianca.
EXPERIÊNCIA DE VOO DA VIVA
Os aviões da frota não oferecem entretenimento a bordo, sendo que a empresa diz para que os viajantes usem seus próprios dispositivos, com músicas, filmes, livros, sendo parceira, inclusive, da Spotify.
O vice-presidente fala que um trânsito rápido em Medelín é um diferencial para o viajante e sua experiência pois é um aeroporto com a possibilidade de conexões práticas, com um tempo médio de 50 minutos a uma hora para o destino norte, e pouco mais de uma hora na volta. Há um acordo com o aeroporto para acelerar os procedimentos, onde o viajante não terá que passar por imigração e alfândega, havendo apenas os procedimentos de segurança e a conexão portão a portão.
Nesse começo no país, a empresa Viva acredita que o viajante de lazer será o principal público, tendo lotação de mais de 90% das aeronaves.
PREÇOS DA VIVA
- São Paulo – Medelin com preço inicial de US$ 129 ida ou US$ 269 ida e volta.
- Frequência: terça, quinta e domingo
- Estimativa de passageiros no primeiro ano: 50 mil
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