Uma pesquisa da SAP Concur indicou a vontade de voltar a viajar e uma mudança nas prioridades para viajantes corporativos durante a pandemia da covid-19. De acordo com os dados colhidos, 96% dos entrevistados estão dispostos a viajar a negócios nos próximos 12 meses, incluindo 65% que se consideram “muito dispostos”. A pesquisa foi feita com 3.850 profissionais em 25 mercados globais.
Para 92% dos que participaram da pesquisa, o aspecto pessoal de voltar a viajar é grande, com o sucesso e a realização de suas carreiras dependendo de uma volta destas viagens a trabalho. Estabelecer conexões com clientes e colegas (54%), conhecer novos lugares (52%) e fazer uma pausa em sua vida cotidiana (41%) estão entre os pontos levantados.
Sendo assim, quatro em cada cinco viajantes a trabalho tem medo de que, a menos que aumentem o número das viagens corporativas ainda em 2021, suas vidas pessoais também terão grande prejuízo.
PREOCUPAÇÕES PESSOAIS
Os entrevistados listaram diversas preocupações pessoais, como a capacidade de criar e manter conexões comerciais (45%), faturar menos dinheiro (38%) e não obter avanços na carreira (33%). Um em cada cinco – 18% – tem muita preocupação com a possibilidade de perder o emprego se não puder fazer mais viagens a negócios.
Além disso, os viajantes corporativos também sentiram que, se os deslocamentos não crescerem agora, será mais difícil para sua empresa se relacionar com novos e possíveis clientes (38%), e isso resultaria em menos novos negócios fechados (37%) e menos contratos renovados com clientes já existentes, segundo 34% deles.
Cargas de trabalho pesadas e férias acumuladas também querem dizer que os profissionais querem aproveitar ao máximo qualquer viagem que fizerem a trabalho que esteja por vir, com 89% afirmando que irão acrescer o tempo de férias pessoais a estas viagens no próximo período de 12 meses.
MUDANÇA NO PERFIL
Mas a covid-19 também mudou completamente a dinâmica de poder no local de trabalho. Os viajantes corporativos considerarão suas opções se os empregadores não estiverem correspondendo às suas expectativas. Dois em cada três entrevistados, 68%, afirmam claramente que desejam voltar a viajar, mas desejam fazê-lo em seus próprios termos.
Quase um terço (31%) diz que pediria para limitar as viagens se sua companhia não instituísse políticas ou medidas para ajudar a proteger sua saúde e segurança, enquanto 20% até mesmo procurariam um cargo diferente.
PODER DE ESCOLHA
Outro ponto interessante que a pesquisa trouxe à tona é que a flexibilidade de viagens está se indo para a linha de frente para os viajantes, enquanto a segurança está ficando em segundo plano para eles. Ter a opção escolher o transporte, a hospedagem e em qual data a viagem ocorre agora é a necessidade mais urgente para eles, à frente, inclusive, de suas demandas relacionadas à vacinação – 72% contra 62%.
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